terça-feira, fevereiro 20, 2007

Nós, pintores!


A vida é uma tela em branco. Nós, os pintores.
Depois, tudo é simples. Cabe à nossa imaginação fazer (ou não) da vida uma obra de arte ou mesmo um desenho abstracto que nos agrade a nós, e só a nós. O agrado dos outros vem por acréscimo.
E quando algo corre mal, ou quando se desajusta dos nossos objectivos finais, ou até mesmo quando erramos e achamos que fizemos a maior asneira de sempre e que estragamos toda a tela, há sempre outras cores, outras tonalidades, outras formas de a transformar. Um ponto negro não é só um ponto negro. Pode ser um ponto de partida diferente. E quem garante que não é desse ponto negro que surgirá o que sempre desejamos fazer e nunca nos achamos de capazes de tal feito? É certo que não se pode voltar atrás, e que mesmo que se apague o que se fez, fica sempre a marca… mas a arte de viver (ou pintar a tela) está mesmo ai. Em saber-se dar a volta ao que correu mal.
Quantos aos outros artistas… podem ter diversas funções: como fonte de inspiração ou como maus exemplos a não seguir. O importante, é a tela ser sempre nossa. Sermos apenas nós próprios a pintá-la, e a fazer dela algo tão nosso, tão único, tão próprio. E por mais influências, por muito ou pouco êxito que tenha, é nossa.


Torna-se tudo tão simples quando recorremos a uma tela para imaginar a vida. Consigo ser mais idiota do que pensava. Cada dia me surpreendo mais a mim própria. É, pelo menos sou artista em alguma coisa. E admito que gosta da minha tela… agora.
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