terça-feira, abril 24, 2007

O dia (d-e-l-e) .

Hoje seria o dia dele.
Acordara com um sorriso rasgado e contara os segundos para aquele seu, tão seu grande momento. Num rasgar de momentos, num turbilhão de sentimentos, numa fracção de tempos, lá estava ele. Quebrando a monotonia dos seus dias, ansiando no seu grande desespero a sua tão merecida recompensa. No sacrifício das horas, seu corpo vagueava sem tempo pelo meio de todas aquelas sem coração, de todos aqueles corações sem mente, sem pensamento, sem racionalidade. Para si as pessoas não viviam, apenas passeavam a própria vida. Não a tomavam como delas. Sobrevivente, tinha a noção que tinha vida. E olhando para atrás sentira a brisa do seu próprio suspiro, a força das suas palavras, a emoção do seu sorriso. Ele sim, viveu. Criou-se, fez-se, construiu o que ninguém entendeu! Teve o que ninguém desejava. Fora o que ninguém alguma vez sonhara ser. Lutara pelas mais bizarras coisas! No fundo, chegou além da felicidade e ultrapassou-a vinte vezes, porque soube viver, sentir, querer!
Não disse adeus ao mundo. Apenas partiu para outro patamar, mais alto! E lá estará, um passo à frente de nós. No fundo, é dos poucos que o merece. E, felizmente, ainda houve quem entende-se esse ser. Que o tomara como bom exemplo. Que o tem, onde ninguém poderá chegar. Só por isso, por isso mesmo, suporta o patamar abaixo do seu, e respira… esperando também o seu dia. Um dia, aquele patamar também será seu… até lá, é preciso (viver) …
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