terça-feira, fevereiro 20, 2007

Nós, pintores!


A vida é uma tela em branco. Nós, os pintores.
Depois, tudo é simples. Cabe à nossa imaginação fazer (ou não) da vida uma obra de arte ou mesmo um desenho abstracto que nos agrade a nós, e só a nós. O agrado dos outros vem por acréscimo.
E quando algo corre mal, ou quando se desajusta dos nossos objectivos finais, ou até mesmo quando erramos e achamos que fizemos a maior asneira de sempre e que estragamos toda a tela, há sempre outras cores, outras tonalidades, outras formas de a transformar. Um ponto negro não é só um ponto negro. Pode ser um ponto de partida diferente. E quem garante que não é desse ponto negro que surgirá o que sempre desejamos fazer e nunca nos achamos de capazes de tal feito? É certo que não se pode voltar atrás, e que mesmo que se apague o que se fez, fica sempre a marca… mas a arte de viver (ou pintar a tela) está mesmo ai. Em saber-se dar a volta ao que correu mal.
Quantos aos outros artistas… podem ter diversas funções: como fonte de inspiração ou como maus exemplos a não seguir. O importante, é a tela ser sempre nossa. Sermos apenas nós próprios a pintá-la, e a fazer dela algo tão nosso, tão único, tão próprio. E por mais influências, por muito ou pouco êxito que tenha, é nossa.


Torna-se tudo tão simples quando recorremos a uma tela para imaginar a vida. Consigo ser mais idiota do que pensava. Cada dia me surpreendo mais a mim própria. É, pelo menos sou artista em alguma coisa. E admito que gosta da minha tela… agora.

domingo, fevereiro 18, 2007

Ilusão ...


Era uma vez um camponês gordo e feio
que se tinha apaixonado (porque não?)
por uma princesa bonita e loira...
Um dia, a princesa - vá lá saber-se porquê -
deu um beijo ao camponês gordo e feio...
E, magicamente, este transformou-se
num príncipe esbelto e ataviado.
(Pelo menos, era assim que ela o via...)
(Pelo menos, era assim que ele se sentia...)

sábado, fevereiro 17, 2007

Era uma vez... (ou da frágil fronteira entre o conto e a realidade)







Era uma vez… «uma vez»
Que à força de ser contada
Se repetiu tantas vezes…Que se tornou realidade.

Encontro .















Encontro-te…
Ouço-te…
Falo contigo…
Abraço-te…
Beijo-te…
Tenho-te…
Aperto-te…
Apanho-te…
Absorvo-te…
Asfixio-te…
Amo-te?

Sem querer saber ...


E se for verdade que deixaste de me amar
Peço-te,
Por favor,
Não mo digas!

Preciso hoje
E apesar de tudo
De navegar
Inocente nas tuas mentiras…

Dormirei sorrindo
E muito tranquilo
Acordarei
Muito cedo pela manhã.

Voltarei a fazer-me ao mar,
Prometo-te…

Mas, desta vez,
Sem um olhar do protesto ou resistência
Naufragarei por minha vontade e sem reservas
Na profunda imensidão do teu abandono

Sem condições .


Quero que me ouças sem me julgares Quero que me dês a tua opinião sem me aconselhares Quero que confies em mim sem me exigires Quero que me ajudes sem tentares decidir por mim Quero que cuides de mim sem me anulares Quero que olhes para mim sem projectares as tuas coisas em mim Quero que me abraces sem me asfixiares Quero que me animes sem me empurrares Quero que me apoies sem te encarregares de mim Quero que me protejas sem mentiras Quero que te aproximes sem me invadires Quero que conheças as coisas que mais te desagradam em mim Que as aceites e não pretendas mudá-las Quero que saibas... que hoje podes contar comigo... Sem condições.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Sandi Thom

' some things in this life may just pass you by
they're gone forever in the blink of an eye
this time you gotta do what you always had to do
so open up your heart and show me that you're true '

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Roubado ao João

"Um professor, diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe. A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que "sim". O professor pegou então numa caixa de fósforos e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos estudantes se o frasco estava cheio e eles voltaram a dizer que "sim". Logo, o professor pegou numa caixa de areia e preencheu todos os espaços vazios. O professou questionou novamente se o frasco estaria cheio. Os estudantes responderam-lhe com um "sim" retumbante. Em seguida, o professor adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se nesta ocasião. Quando os risos terminaram, o professor comentou: « Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes: a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam. Mesmo que perdessemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia! Os fósforos são outras coisas importantes: como o trabalho, a casa, o carro, etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas... Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida: se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes. Presta atenção às coisas que realmente importam! Estabelece as tuas prioridades, e o resto é só areia. » Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: « Então e o que representa o café?! » O professor sorriu e disse: « Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que, por mais que a vossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomar café com um amigo... » "

Deixar o passado presente .

Não é que viver no passado possa ser gratificante para alguém. E não é a reviver momentos, a curar angústias, a lembrar as situações mais marcantes de um passado tão próximo, mostrando sentimentos profundos que um dia nos guiaram e nos fizer ser aquilo que somos, esperar com que tudo volte ao perfeccionismo criado não com consentimento próprio mas pelo próprio coração, lutar contra o esquecimento do que um dia foi tão nosso nos faça, de forma alguma, felizes. Mas a linha que separa o passado e o presente é tão mal delineada, que por mais que a apaguemos…. Fica sempre a marca das partes em que se escreveu com maior consistência. Em que se viveu e sentiu mais profundo. E nem vale tentar esquecer. Só resta respirar fundo e decorar que o passado foi um presente. Agora há outro. Há espera de ser vivido. E esse não espera…
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